domingo, dezembro 07, 2008

EU ACREDITO NO PAI NATAL...

Ontem conheci o VERDADEIRO Pai Natal…

Bem, no principio pensei que fosse só mais um senhor reformado a ganhar uns trocos num centro comercial, patrocinado pelas lojas… mas depois percebi que é muito mais que isso… É ELE!!!!

Fui ás compras com o meu marido, foi o caos para estacionar, era o caos para conseguirmos movimentar-nos pelo meio de tanta gente, estava mais que arrependida de ter tido a ideia de ír buscar as compras do mês ontem. Já reclamava contra o consumismo, já tudo me estava a enervar. Para cúmulo íamos comprar um frigorífico combinado que está esgotado, fiquei pior ainda…

Vinha eu a barafustar quando no meio de tanta gente, tanta confusão tanta azáfama natalícia “o” vi … tem um ar muito simpático, mais simpático do que aparenta nas imagens, tem barba branca, um fato de veludo bordeaux debruado a peluche branco, umas botas pretas por fora das calças, estava com ele uma “assistente” que passava despercebida no meio da luz que ele me mostrou…

Como estava chateada, apesar de ter reparado nele também vi que estava ali a tirar fotos e com isso a ganhar algum dinheiro, também vi o fotógrafo que estava com ele… Mas de repente aconteceu aquilo que me levou a perceber que ele era mesmo o Pai Natal:

Do meio da multidão apareceu uma pequena família de ar feliz e bem-disposto: pai, mãe e dois rapazinhos, o mais velho devia ter uns 9 anos e mais pequeno, uns 3 ou 4 anos…

Aproximaram-se comendo qualquer coisa em conjunto, creio que pipocas. O filho maiorzinho disse ao irmãozinho: “João, olha o Pai Natal!”, como que sentindo que o seu nome fosse chamado o Pai Natal olhou e viu o João curioso, tímido, assustado (afinal o Pai Natal não é suposto ser visto) e ansioso; falou-lhe “- Olha o João!!! Olá!!! És João quê?” e o pequenote tentando esconder-se no casaco que a mãe levava no braço: “-João Antunes Fonseca.” E o Pai Natal: “Ah és tu o João Antunes Fonseca? Muito prazer (e estendem-lhe os braços) vem cá cumprimentar-me que eu estava mesmo desejoso de te conhecer. Já me escreveste? Se ainda não escreveste tens que pedir ao mano ou ao papás para me escreverem em teu nome porque na semana antes do Natal é quando vou abrir as cartas todas.”

O João Antunes Fonseca continuava céptico a olhar o “Pai Natal” que lhe parecia tão “verdadeiro”: “Não és nada o Pai Natal!”- o Pai Natal baixou-se ao nível dele que desconfiado se aproximou dele e com a palma da mão acariciou o veludo do fato no ombro do Pai Natal.

Foi aqui que aconteceu a cena mais maravilhosa e que me levou a escrever este post: o João Antunes Fonseca puxou a barba verdadeira do Pai Natal, primeiro devagar e de seguida com um pouco mais de força e quando viu que a barba era mesmo verdadeira gritou de felicidade e abraçou o Pai Natal de uma forma poderosa, carinhosa, simpática, feliz, entregou-se nos braços do Pai Natal, o seu amigo de há tanto tempo, aquele que mesmo quando ele se porta mal lhe leva as prendas no Natal, aquele que mora no Pólo Norte e que sendo só um (aquele e único) consegue dar prendas a todas as crianças do mundo, O MAIOR!!!… E ele, João Antunes Fonseca, estava ali ao pé dele, a abraçá-lo; e agora ele conhecia-o, sabia quem ele era, tinha-se tornado amigo do Pai Natal e a sua prenda seria sempre mais especial que as das outras crianças do mundo: ELE TORNARA-SE AMIGO PESSOAL DO PAI NATAL…

E foi assim que não resisti e fui tirar uma foto com o verdadeiro Pai Natal, que está no Feira Nova de Sintra a fazer uma campanha publicitária para uma loja de fotografias… mas… afinal ele tem que comprar muitas prendas para todas as crianças do mundo e como sabemos o mundo está em CRISE…

Mas este Pai Natal, mesmo estando ali porque a loja das fotos lhe pediu está a fazer muito mais além do que fazer ganhar uns trocos… Ele está ali VERDADEIRAMENTE.

Afinal, para o João Antunes Fonseca , para a sua família, para mim e para o meu marido valeu ter ido ontem ao Feira Nova… CONHECEMOS O PAI NATAL!

Nota I: O nome verdadeiro da criança não é o mencionado.

sexta-feira, outubro 31, 2008

O INVERNO...

Como podemos não gostar do Inverno ou considerar o Inverno triste, feio… mau?... Sim, como podemos???

O Inverno é uma fonte de vida, que rega as árvores que nos dão sombra no Verão; que rega os prados onde podemos descalçar-nos e usufruir a frescura; que rega os maravilhosos frutos que nos deliciam no Verão…

Se não houvesse Inverno como poderíamos usufruir o Verão???...


Vejam o Inverno pelo lado “confortável”, em que os casacos, cachecóis, gorros e luvas nos dão um “look” diferente…

E a lareira, não é romântica? Já experimentaram a sensação de se deitarem num tapete enrolados num cobertor quentinho frente á lareira… só com a sua luz do fogo? As conversas que progridem… é o estar junto porque já é de noite mas ainda é cedo para dormir…

O frio convida ao abraço forte, a dar as mãos, ao toque…

E a chuva??? A chuva que é a base de toda a vida, que cai lá fora e molha tudo e todos, para a chuva não há diferenças, estatutos, espécies, raças… ela está ali para todos nós…

A neve que fria e maravilhosamente linda…

O mar que está de acordo com o que o Inverno dita, estranho e poderoso, maravilhoso...

O vento que varre limpa… semeia… sim, semeia!!!


Não gostaria de viver num país tropical… o facto de viver num país temperado dá-nos a múltipla escolha de não sermos sempre os mesmos durante um ano…

Gosto de ti, Inverno… tal como gosto dos outros 3…



quarta-feira, outubro 29, 2008

O CICLO...


sexta-feira, outubro 10, 2008

Poema de um Pai...

Recebi este poema e não consigo deixar de o partilhar...

É a menina dos meus olhos
O amor da minha vida
A minha linda Princesinha.
Aquela que foi sonhada e imaginada
Nos sonhos de noites de verão.
Aquela que sempre fez parte dos meus planos.
A minha filha.


Ela sabe que eu sempre soube
Que ela iria fazer parte da minha vida.
Dei-lhe nome anos antes de ela existir.
Sonhei sozinho com ela a olhar a estrelas.
Dei-lhe o nome sozinho.
A minha filha.

Nasceu e cresceu a fazer-me feliz.
É sensível, inteligente, trabalhadora, esforçada, divertida
É linda. É o meu amor.
A minha filha.

Olho para ela com orgulho de a ver
Como a minha filha
Um lindo ser humano.
Faz-me sentir que tudo o que fiz por ela valeu a pena
Mimo-a muito.
Não consigo evitar.
É minha filha.

A que nasceu antes de nascer.
A que tem o nome talhado das estrelas.
A que nasceu de mim.
A minha filha.

(Dedicado a todos os pais de meninas... Incluindo o meu que está no céu, que é o meu coração)

sábado, setembro 27, 2008

FELIZ...

Sou feliz por saber que sou como as ilhas: estou rodeada de gente boa, linda e positiva por todos os lados...

Serve este "post"
para quando estiver triste
me lembrar sempre
que a felicidade existe...

Um sorriso para todos aqueles que alegram os meus dias...


OBRIGADA POR EXISTIREM E EU VOS CONHECER...

É UM PREVILÉGIO...

quinta-feira, julho 17, 2008

UMA NOITE VERÃO... NORMAL!

Como conseguimos distinguir uma verdadeira “noite de verão”?...

Não temos que estar de férias, temos mesmo é que a sentir… ás vezes andamos demasiado ocupados, distraídos, abstraídos… o que seja… para conseguirmos sentir e usufruir o que a Grande Mãe nos dá… reclamamos o frio, o calor, o sol, a chuva, os insectos, o vento… reclamamos tudo mas quando tudo está perfeito estamos demasiado distraídos para ver a perfeição que se nos apresenta.

Mas ás vezes basta um clique… um pormenorzinho, uma insignificância que nos coloca alerta e aí… que liiiiiiiindo!!! Que maravilha… que delicia que é termos o privilégio de usufruir a Noite de Verão só porque estamos atentos para variar…

Ontem á noite, como em muitas das noites da minha existência, depois de um dia de trabalho (um dia de Verão, quente e maravilhoso) e depois dos afazeres domésticos próprios de uma dona de casa, sentei-me no sofá a ver televisão… tudo normal até aqui…

De repente, vindo da rua apercebi-me do maravilhoso som da voz de um grilo nocturno… um grilinho que depois de um dia de calor estava a cantar a sua alegria de viver aquela noite cálida e maravilhosa… Olhando a janela de onde vinha o som, reparei na lua luminosa lá fora e reparei também que o meu cortinado estava a ser docemente abanado pela brisa… uma brisa que vem do enorme oceano Atlântico, que atravessa a Serra da Lua, a maravilhosa Serra de Sintra passando pelo meio das arvores perfumadas e trazendo o poder de dar àquela noite fantástica, o perfume e a frescura ideal que põe um grilinho a cantar e tudo junto devia proporcionar ao ser humano a calma, a tranquilidade e a fantástica sensação de uma VERDADEIRA NOITE DE VERÃO….(espero que os meus vizinhos tenham sentido isso)…

Embalados na brisa e na canção de embalar do grilinho eu e o meu marido adormecemos no sofá…

Espero que este grilinho volte com o seu hit de verão… mostrar que tudo á minha volta é bonito… mas se não fosse o grilinho, eu não teria reparado…

OBRIGADA, GRILINHO!!!

quarta-feira, julho 02, 2008

O "RACISMO"...

O que é o racismo???

È sentires repulsa em relação ao teu semelhante só porque ele tem uma tonalidade de pele diferente?

È sentir que és melhor só porque achas que a tua “raça” é melhor?

É o quê??? Sim… é o QUÊÊÊÊ?????

Porque é que não nos olhamos como se fossemos todos uma maravilhosa mistura de gente diferente? … Devíamos ter orgulho de termos amigos diferentes de nós fisicamente…

Felizmente existe muita gente que pensa que se pode ser amigo, ser companheiro, partilhar, ensinar e aprender com os que parecem ser diferentes de nós… mas que não é… temos tanto em comum todos… somos todos humanos… respiramos, sentimos, sofremos, amamos … e neste sentido nem sequer é só por sermos HUMANOS é por sermos todos seres vivos…

Partilho este pensamento com todos, porque nos últimos 3 meses estive em contacto diário com uma maravilhosa menina, linda por dentro e por fora, cor de café, de enormes e belos olhos escuros e sorriso sincero… na sua jovem inocência, ensinou-me e aprendeu… e hoje, que terminou o seu estágio na minha empresa e chorou na despedida… eu também chorei… a nossa despedida foi muito emotiva e no nosso abraço de despedida, ao ver a minha pele branca em contraste com a sua cor de café… ao reparar que as minha lágrimas são iguais ás dela bem como o que ambas estávamos a sentir independente da diferença de idade, de país, de pele… e pensei que afinal nada disto interessa… interessa aquilo que se sente…

Nunca me considerei racista, mas nunca tinha pensado a sério nisto… isso porque nunca tinha tido uma amiga de outra “raça”… não foi por nada, não calhou… e se calhar nem sequer iria pensar nisto se não tivesse que me ter despedido dela porque ela vai para outro país e isso vai fazer-me sentir saudade dela…

A Sandrinha Coffee, como carinhosamente lhe chamamos lá na empresa, ensinou-me muitas coisas… uma delas é que não me interessa nada dessas coisas da “raça”…

Se nós quisermos as fronteiras não existem… as “raças” foi uma forma que a natureza encontrou de proteger os humanos que nasceram em certas regiões do globo e também para fazer dos humanos uma RAÇA mais colorida…
Sandrinha, Obrigada por tudo o que nos ensinaste…

Até breve
Mia


Já agora partilho também as outras que fazem do meu local de trabalho um local onde também tenho amigas que adoro:


Á minha Sandocha, á minha Cárlinha e á minha Sushi...





quarta-feira, junho 18, 2008

INDEPENDÊNCIA OU MORTE, FOGO!!!

(Texto baseado em FACTOS REAIS... )


"
Sou independente… sempre fui independente… Uma questão de berço talvez; os meus pais por motivos familiares políticos ou de personalidade (quiçá de trauma de juventude), quiseram que eu fosse livre para tomar conta de mim desde cedo, ter a liberdade de decidir a minha vida, liberdade para tomar decisões, ter responsabilidade…. acho que resultou.

Fui uma criança normal e feliz, não tive irmãos, nem irmãs mas podia andar na rua a brincar com os amigos, para o bem e para o mal preferia estar em casa a brincar sozinha….

Os meus professores da escola achavam sempre que eu era um criança bastante responsável… tinha um pequeno senão: funcionava melhor sozinha; em trabalhos de grupo era-me sempre complicado e retraía-me a ideia de ter que argumentar…

Aprendi, sem argumentar muito, a “arder na fogueira dos outros”, mas “sempre, sempre á minha maneira”… no fundo talvez fosse um meio-termo para os outros e para mim. Mas nunca gostei muito de ser contrariada… os meus pais não eram de me contrariar muito, só mesmo em coisas impossíveis… gostavam que eu aprendesse com os meus erros.

Sentimentalmente tive um namorado que me enchia as medidas… quase “ardemos na fogueira” um do outro, mas a nossa juventude levou-nos a querer ver outras coisas… e assim me tornei namoradeira, muito namoradeira… talvez isso se devesse ao facto de as “coisas” não poderem ser “á minha maneira”… algumas vezes terminaram comigo… outras fui eu…

Acabei o liceu, a faculdade, encontrei um emprego á minha medida e finalmente comprei o meu apartamento… a LIBERDADE total… viver sozinha, ter o meu apartamento de sonho só para mim, ter os meus 2 gatos e viver feliz…

Aos 25 anos de idade, achei que estava na altura de encontrar “alguém á séria”… conheci-o, gostámos um do outro e quando dei por mim, ele estava “abancado” cá em casa… na MINHA casa… tinha deixado de estar SOZINHA…

No inicio, ter a movimentação anormal em MINHA casa e ter a noção que havia mais alguém cá em casa a fazer coisas “diferentes” á MINHA casa até foi giro… ter roupa no MEU guarda roupa que não era MINHA, ter roupa no MEU cesto da roupa suja, que não era MINHA… chegar a casa e TER que cozinhar… Ter companhia á mesa, ter companhia na cama, ter companhia no banho, ter companhia no sofá, ter companhia no carro, ter companhia na casa de banho, ter roupa em cima do cesto da roupa suja, ter o guarda-roupa todo desalinhado, a casa de banho cheio de pêlos, toda molhada, a tampa da sanita para cima, ter que partilhar os gatos, a televisão, o DVD, o PC… ter que cozinhar, ter arrumar, limpar e reclamar para ter uma ajuda que nunca tinha…

Comecei então a sentir que partilhar afinal não era assim tão giro… principalmente fazer partilha do tipo “ele desarruma e ela arruma” ou “ele suja e ela limpa”… NÃO!!! Não estava a achar nada engraçado não ter um único momento sozinha… estava a ficar paranóica com tanto trabalho doméstico, com tantas tarefas de “esposa”… com tanta falta de espaço e tanta falta de tempo para mim…

Naquele dia, finalmente, tive um pequeno minuto sozinha na hora de almoço do meu emprego… e o meu pensamento foi rápido e eficaz: CHEGA!!!!!!!!!!!...

Quando ele me veio buscar no MEU carro (que era “mais económico e maneirinho para a cidade” que o dele) eu disse-lhe que não estava feliz…

Ele ficou em choque e a seguir disse-me que eu “queria sempre que as coisas fossem á minha maneira”, que eu “não sabia partilhar”… EU NÃO SABIA PARTILHAR… E U ? ? ?... Ele morava na MINHA casa, dormia na MINHA cama, comia na MINHA mesa, acariciava os MEUS gatos, monopolizava o comanda da MINHA televisão, sujava as MINHAS coisas e para cumulo usava o MEU carro e ainda me disse que eu não sabia partilhar…

Ofendido e triste, nessa noite não foi para MINHA casa… o que me deu tempo para arrumar e empacotar as coisas DELE…

A irmã dele foi a paquete de serviço e foi buscar o carro DELE, buscar as coisas DELE… disse-me em tom de confidencialidade que queria ter a minha coragem… “mas por causa dos filhos”… e eu acrescento que é mais por causa de não ser independente… é casada no papel, com casa, carro, filhos, gatos, cães, tudo em comum…

Quando o carro DELE saiu do MEU estacionamento senti o alívio e a alegria de ter a MINHA casa, a MINHA vida, a MINHA independência de volta, foi inexplicável… que saudades… que felicidade!!!

Perguntam vocês: se sou assim tão feliz sozinha, o que me leva a escrever este texto de desabafo??? Bem… É que conheci um tipo… damo-nos bem nos aspectos que interessam ao NOSSO caso mas… nestes feriados de Junho… dei com ele “abancado” cá em casa… e tive um déjà-vus …

Quando vi a tampa da sanita para cima, cabelos na MINHA banheira… e pratos sujos no MEU lava-louça… Hurg!!!... SOCORRO!!!...

Hoje decidi mandá-lo “para dentro que vai chover”… mais do que 5 dias nos MEUS domínios é para mim uma eternidade… não me apetece, não quero e não gosto… desculpa lá , pá!!!

Deixei-o pôr o carro DELE no estacionamento… mas só com os piscas ligados… se não saír quando eu lhe apitar… chamo o reboque… o lugar é MEU…

Sei que hei-de arder na fogueira de alguém… mas será sempre, sempre á minha maneira… E NESTA NÃO É DE CERTEZA…

FOGO!!!
"

domingo, junho 01, 2008

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

A todas as crianças do mundo desejo boa sorte para quando forem adultos...

A minha infânacia foi a que é descrita neste texto:

Pelos parâmetros dos “reguladores” e burocratas dos nossos dias, não há explicação para o facto de todos os que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80, termos sobrevivido á nossa infânica porque, reparem:

As nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas e garridas com tintas à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.


Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e imaginem, podíamos brincar com as panelas.

Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.


Viajávamos em carros sem cintos e airbags… viajar no banco do pendura ao lado do pai ou mãe era normal.

Comíamos batatas fritas, pão com manteiga, bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora com os nossos amigos de carne osso - se os quiséssemos encontrar íamos à rua – lá estavam eles sempre para nós.

Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca apanhámos nenhuma doença

Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!


Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado, aprendíamos.

Íamos a pé para casa dos amigos. Íamos a pé para a escola, não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.

Estávamos incontactáveis pois não haviam telemóveis e ninguém se importava com isso, pois toda a gente sabia onde estávamos e o que estávamos a fazer.

Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia-nos tão bem depois das corridas e de rebolar no meio da relva dos jardins públicos enrolados nos cães das nossas vidas (depois das suas necessidades).

Caíamos das árvores e cortávamo-nos, partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.

Haviam lutas com punhos mas sem sermos processados.


Tocávamos e batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

Criávamos jogos com paus e bolas.

Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.

Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei.

Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com tudo.

Tivemos a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas "para nosso bem".

ACRESCENTO eu que faziamos parte da natureza, andávmaos ao sol na praia, brincávamos á vontade na água, com areia, terra, lama, pedras...

Faziamos amizade com desconhecidos que não eram perigosos.


Os nossos pais batiam-nos quando nos portávamos mal e não fazíamos birras ridiculas por medo do escandalo...

Sobrevivemos... o nosso mundo era a natureza... nasciamos selvagens...

Hoje:

sábado, abril 26, 2008

PARABÉNS GUGU!!

Hoje o meu gato Hugo D'Arcangel faz 4 aninhos...

(É o único que sei realmente a data de nascimento: 26-04-2004)


quarta-feira, abril 16, 2008

NO MEIO DO MEIO...

No meio dos montes e vales… no meio do seu meio, meio perdidos ali vivem “eles”… ou sobrevivem.

São inteligentes mas ninguém se apercebe, têm ideais próprios mas não os põe em prática, têm sonhos, mas não os concretizam, são prisioneiros de um mundo que odeiam… mas não fazem nada para se libertar.

Surge-nos a vontade e perguntar: Mas porquê???... – mas de nada vale perguntar porque “eles” também não sabem responder. Foram educados “assim”… Todos os que o rodeiam são “assim” como eles, pois aprenderam com eles.

E os do meios também deverão:

Supostamente ser inteligentes; Supostamente têm ideais; Supostamente ter sonhos; Supostamente ser prisioneiros

Com o tempo transformam-se em pessoas pequeninas, sem horizontes, muito amargas, tristes e frustradas, transformam-se em pessoas pouco boas, fruto do meio em que vivem.

Se um dia tiveram uma emoção, a vontade de cometer uma loucura, vontade de serem diferentes, já se devem ter esquecido disso. Como esquecida, perdida e anulada será a sua felicidade caso ousem querer ser felizes fora do meio.

E “eles” perdidos no meio do meio andam meio perdidos…

Lêem para aprenderem e conhecerem aquilo que não conhecem, locais onde não têm coragem de ir… vivem através dos personagens dos seus livros, as emoções que não têm coragem de viver… sentem-se mais protegidos, salvos assim.

Dos do seu meio apenas conhecem o lado que eles mostram, aquelas atitudes que são apreciadas no meio… ou não… pois qualquer 0,5 de alcoolemia é motivo para ser colocado na lista negra por uns tempos… o tempo que demoram a esquecer os do seu meio, o que por falta de outros meios, é sempre muito… chegando á marca, á estigmatização.

A família está lá para alertar… tal como nos 10 mandamentos do “NÃO!”, eles só lhes mostraram o que NUNCA devem fazer… O que devem fazer por obrigação é ter uma reputação (uma boa reputação), um terreno com uma casa, um conjuge, filhos...

Os que não são do meio e que ocasional ou acidentalmente passam pelo meio deles, são olhados de soslaio, são avaliados pelas aparências e fazem deles personagens que não existem… Como defesa, têm tendência em não gostar deles; da forma como vestem, se penteiam, como se movimentam, como se do desconhecido, do oculto, do diabo se tratasse… não são do meio… não conhecem os seus passados…

Conhecer o passado, a família (boa família) é imperativo… caso contrário será irradicado, banido, será amaldiçoado, odiado… marginalizado. Todo aquele que do meio lhe dirigir a palavra será perseguido…

E eles, já para evitar sofrerem e evitar fazerem sofrer, desistem antes de tentarem…

No meio também existe a elite… mas no meio da elite não sabem que eles existem… eles não são da elite… eles são só do meio… para além disso têm medo da elite…

Não andaram na universidade pois a família teve medo que eles se “perdessem”, como muitos do meio que foram embora para estudar ou trabalhar e nunca mais voltaram a não ser na férias e que (cruzes!!!) têm famílias que não são do meio… e (credo!!!) são gente de aparência muito estranha e eles próprios já não são fiar…

O futuro deles não está escrito nas estrelas, nas nuvens, ou em qualquer outro sitio romântico, cheio de esperança e magia… o futuro deles está no meio... casará com alguém do meio, terá os seus filhos no meio que educarão tal como foram educados…

As suas inteligências continuarão a crescer na clandestinidade dos seus livros secretos, os seus ideais manter-se-ão em local seguro, os seus sonhos continuarão por concretizar e serão prisioneiro do meio para sempre…

A eles grito:

SE TU NÃO VIVES SATISFEITO
MUDA DE VIDA
ESTÁS SEMPRE A TEMPO DE MUDAR
MUDA DE VIDA
NÃO PODES VIVER CONTRAFEITO
MUDA DE VIDA
SE A VIDA NÃO TE CORRE AO TEU JEITO

(Carinhosamente dedicado ao AJOS e á SMOS)

quarta-feira, março 12, 2008

A DIFERENÇA ENTRE "OLHAR" E "VER"...

Já passaram muitos anos e agora acho que já consigo falar nisto… como todas as coisas que nos comovem e emocionam com o tempo vamos conseguindo falar delas de uma forma mais romântica e menos dolorosa…

Hoje vou falar de alguém que me marcou pela sua presença (quase) discreta…

Trabalhei durante muitos anos na Baixa e ía de comboio, o meu adorado comboio que me deixava ler, livros, revistas, ler e aprender… a cadencia dos seus carris, a segurança que sentíamos ao ponto de conseguirmos dormir um pouquinho, os perfumes das pessoas que iam á “minha hora”, bancários, empregados de escritório, trabalhadores do Comercio, gente limpa e perfumada… as conversas ocasionais com outros passageiros, até os raros desentendimentos entre os passageiros por causa dos lugares que eram motivo de quebra de rotina… Tudo isto parece que foi há uma eternidade… e nem se passou ainda uma década… a minha empresa mudou de sitio, eu mudei de hábitos rotineiros, a linha mudou de comportamento…

Na minha habitual viagem matinal de Sintra ao Rossio, rotineira, sempre igual e á saída no Terminal em que toda a gente apressada se dirigia aos seu locais de trabalho passei a usar uma saída que tinha menos gente e que saía para a parte de cima do Terminal (Bairro Alto) …

Não me lembro quando “o” vi pela primeira vez… porque não reparei “nele”… limitei-me a olhar sem ver, como para qualquer outra coisa que estava ali como um banco, um poste, ou algo inanimado que pertence àquele sitio…

“Ele” era um ser humano “camuflado” na pressa das pessoas, no ambiente um pouco soturno daquele lado da estação… e eu, encadeada pela pressa de chegar ao escritório, pelo sol ou pelo meu egoísmo, não me lembro a primeira vez que “olhei para ele”…

Simplesmente não me fez qualquer tipo de impressão que ALGUEM VIVESSE ALI, na porta da estação, com uma cama de cartões e rodeado de caixas contendo coisas estranhamente organizadas para o local, a roupa muito suja, velha e amarrotada, não reparei no seu cabelo escuro e despenteado, nem na sua enorme barba emaranhada e baça, não reparei na sua pele clara, na sua estatura alta, nem na sua magreza extrema… simplesmente não REPAREI…

Naquela manhã de Verão, depois de sem me aperceber ele já fazer parte da minha paisagem e depois de ter passado eventualmente muitas vezes por ele, simplesmente olhando, vi-o pela primeira vez…

Uma pequena criança correndo atrás da pressa da mãe deixou cair uma sandes, ou um bolo (não me lembro) para o chão… a criança tentou apanhar, mas, obviamente a não a deixou apanhar…

De repente, no meio das pernas que passavam perto do pedaço de comida… vejo alguém curvado a apanhá-lo e a limpá-lo… Esta foi a primeira vez que o vi… de seguida, ele apagou a beata com os dedos castanhos do tabaco e unhas escuras da sujidade e começou a comer o pedaço de comida que a criança deixara caír… cortou-me o coração…

Não gosto de sentir pena porque acho que é um sentimento bastante frustrante, deprimente e não serve de nada… mas não consegui evitar… acho mesmo que o que senti foi isso… estava ali, um ser humano com 2 braços, 2 pernas, um homem aparentemente capaz a comer comida do chão… destroçado pela vida…

A descer a escada barulhenta de latão lembrei-me que levava o meu lanche, uma sandes de queijo… feita na noite anterior e voltei atrás atropelada pelas pessoas que desciam pela escada naquela manhã de sol dei-lhe o meu pão embrulhado numa prata… ele olhou-me e eu vi-o pela segunda vez… os seus olhos eram expressivos e rasgados, eram castanhos e ele parecia mais velho porque a sujidade lhe moldava as rugas de expressão e pareciam mais profundas… deviam ter uns 50 anos, o que decerto não seria a sua idade real e nos remetia para a casa do 40…

Disse “Obrigada” quase em forma de vénia… tentei dar-lhe dinheiro, não quis…

Nessa noite fiz 2 sandes e 2 sumos.

Na manhã seguinte vi-o pela terceira vez, estava a partilhar pão com os pombos, e entreguei-lhe a sandes e o sumo agradeceu como sempre…

Esta tornou-se a nossa rotina… quando não tinha pão levava-lhe um bolo… e mesmo pensando que fosse a única comida limpa que ele comia durante o dia e sendo que era pouco o que lhe levava…

Nunca falámos para além do “bom dia”, “Obrigada e até amanhã”… nunca soube o seu nome, porque vivia ali… aprendemos a viver a “nossa relação” de uma forma muito prática… o Inverno aproximou-se e levei-lhe um cobertor, e um dia uma camisola de lá, depois umas calças e umas botas do meu marido… nunca lhas vi vestidas, estavam guardadas muito protegidas nos sacos de plástico que lhe entreguei, dentro de uma das sua caixas de papelão…

Mas como já o via quando olhava para ele reparei que estava muito doente, tossia, tinha o ar lacrimejante… parecia mesmo muito doente, a sandes que lhe levara no dia anterior estava guardado na prata, meticulosamente arrumada numa das suas caixas de cartão… fiquei preocupada e a pensar nele ali, na porta da estação na corrente de ar… e arrisquei dizer-lhe que fosse ao hospital…

Esta foi a última vez que o vi… foi perto do Natal… levei as sandes nos dias seguintes, mas não mais o vi… não sei o que lhe aconteceu. Também não sei o seu nome, a sua história… olhei-o e vi-o… mas não fui ao fundo…

Terei tido medo? Não sei…

Gosto de imaginar que ele foi ao hospital onde foi cuidado, tratado, limpo, onde depois de tudo isso as roupas usadas que lhe levei e que ele nunca usou e guardou (se calhar) para uma ocasião especial o fizeram levantar-se e caminhar, viver… gosto de imaginar que ele anda por aí e eu não o reconheço…

Apesar da outra hipótese ter igual ou superior probabilidade… não quero pensar nela…

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

ORGULHOSAMENTE: UMA FAMÍLIA DE DOIDOS

A minha mãe era a filha mais velha de uma casal, o meu pai o filho mais novo… num universo que o número mínimo de filhos era de 7, isto remete-nos para o facto de se ser pai de crianças pequenas até muito tarde da sua vida…

Foi isto que aconteceu aos meus avós paternos e, claro, ao meu pai… quando ele nasceu, os seus pais rondavam os 40 anos… morreram novos (rondando os 60 anos) e quando eu nasci, tinha o meu pai 30 anos… já os meus avós paternos tinham “partido” há muito…

Os meus avós maternos, ainda conheci… a minha simpatia por eles é vã… nunca vivi com eles, logo nunca os conheci bem.

Criaram 9 filhos… “os mais velhos, ajudaram a criar os mais novos”, técnica normal e “revolucionária” na altura, que levou a que a minha pobre mãe na condição de filha mais velha e MULHER, tivesse tido uma infância infernal, de maus-tratos, trabalho forçado… enfim… os filhos, hoje, dizem condescendentemente que “era o que tinham ao seu alcance, coitadinhos”…

Dos meus avós paternos… que nunca conheci… Sei o que me contam…

Ele, de nome Henrique, era uma pessoa alegre, bem disposta, trabalhador, e muito crítico da sociedade, foi preso várias vezes por (dizem que estando embriagado) atirar cá para fora as suas opiniões revolucionárias e pouco ortodoxas sobre a sociedade …

O Avô Henrique, adorava crianças e já idoso e brincava com as crianças na rua como se fosse da idade delas … as pessoas mais velhas referem-se a ele como “doido” por fazer isto… fazia partidas ás pessoas, nadava sem roupa no rio… era um “espírito livre”…

Ela, de nome Maria Emília, era uma pessoa bondosa que partilhava o pouco que tinha com quem tinha ainda menos, que adorava a natureza e os animais…

Dizem (e eu imagino) que a minha avó Maria Emília era paciente com as crianças, com as suas e as dos outros, era amável de voz doce e beleza rude… a sua beleza estava lá dentro, era alta e isso era motivo de chacota …

Foi ela que me motivou a escrever este “post”… porque apesar de nunca a ter conhecido, parece que sinto que ela faz parte de mim… que ela sou eu, ou ela está aqui algures dentro de mim… num gene…

Contaram-me recentemente, duas bonitas histórias… perdidas nas VERGONHA do tempo… Imagine-se NA VERGONHA…

Orgulhosamente, cabe-me a mim recuperá-las para que fiquem registadas e para que se saiba que a minha avó Maria Emília e o meu avô Henrique, eram duas pessoas muito á frente do seu tempo… Uns hippies em tempo de escassez e guerra…

A minha avó Maria Emília tinha uma horta perto de casa, nela tinha couves, alfaces, cenouras, batatas, tomates e tudo o que a terra desse para que a sua família tivesse sempre o que comer… no outro lado da horta ela tinha um jardim, com plantas e flores, daquelas que a mãe natureza deu ao homem para apreciar e tornar o mundo mais bonito…

Não era permitido a uma “mulher do povo” ter um jardim… o seu jardim, com flores, com plantas que não servem para nada… Não era permitido a uma mulher do povo “falar” ou “rezar” (ou fosse o que fosse) para as plantas, não era cristão… não era de gente “normal”… a minha avó era criticada por ter um “jardim” em “local precioso” para plantar batatas, e couves… o jardim, segundo dizem… era lindo… bem tratado…e aos filhos dos meus avós nunca faltou comida na mesa, nem amor e nem boa disposição…

Os meus tios e tias, eram considerados pelos parâmetros da época como “mal-educados”… eu diria: privilegiada era a sua educação… pois foram (porque muitos deles já não estão entre nós) e são, bem como os seus descendentes, grandes seres humanos…

A outra história é ainda mais bonita, é contada pelos “nativos” em forma de chacota… e tenho apenas pena que não consigam ver a verdadeira mensagem…

A minha avó vinha de lavar no rio, trazia um enorme alguidar de barro na cabeça quando deparou com um pássaro (uns dizem pardal, outros pombo) na beira do caminho, quando passou mais perto o pássaro mexeu-se, estava vivo… a minha avó pegou nele com muito cuidado e lavou-o para casa… levou algum tempo a recuperá-lo…

(Não sei o que aconteceu em casa… mas imagino as crianças todas em volta a torcer pela recuperação da ave…)

Certo dia ela soltou a ave, já recuperada, restabelecida e saudável… e a partir desse dia ela passou a ser considerada oficialmente insana pela comunidade cristã local…

Hoje tenho apenas pena de nunca ter conhecido pessoalmente aquela família “meia-doida” á qual o meu pai pertencia e á qual era “embaraçoso” estar ligado… eu orgulhosamente descendo deles…

E com isto acabei de ligar definitivamente o orgulhoso e histórico apelido da minha avó materna (que uso como forma de ostentação) á boa disposição e juventude eterna do meu avô Henrique e ao amor pela natureza e pelos animais que herdei da minha avó Maria Emília…

Toma vai buscar…

E como em todas as belas histórias que habitam o nosso coração e os personagens que povoam os nossos sonhos... não tenho fotos deles...

(E só não coloquei o orgulhosos apelido do meu avô “Leitão”… porque, olhem… Não me lembrei… e agora já vou tarde…)

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

MIA, A PRIMA & COMPANHIA!!!

PRIMA,
PARA TI
(PARABÉNS E CONTA MUITOS E BONS):
"Há pessoas que nos conseguem deixar a sorrir só de pensarmos nelas. Felizes e bem aventuradas sejam todas essas pessoas."


terça-feira, fevereiro 12, 2008

PORQUE O SONHO COMANDA A VIDA

Descobri que afinal ainda há quem acredite...

Em homenagem ao Anjo Gonçalinho, e áquilo que não pude fazer por ele, aqui deixo este site, porque acho que sermos solidários é a melhor forma de partilha... (e os anjos existem, é nosso dever estar cá para eles...)

"A
Terra dos Sonhos é uma organização não lucrativa de wish granting em Portugal, fundada no dia 1 de Junho de 2007, Dia Mundial da Criança, por um conjunto de 33 sócios fundadores.

Formalmente, a Associação Terra dos Sonhos é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sob a forma de associação de solidariedade social com fim de acção social, cujo fim principal é a realização dos sonhos de crianças e adolescentes diagnosticados com doenças crónicas e/ou em fase terminal.

Acreditamos na força inspiradora e transformadora dos pequenos momentos únicos, como motor de melhoria da qualidade de vida das crianças e dos familiares e amigos que convivem de perto com estas realidades.

O nosso lema é:
UM SORRISO VALE TUDO"
“Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.”
Porque ser voluntário é dar um pouco de nós ás causas em que acreditamos...
Mia Olivença

quinta-feira, janeiro 31, 2008

A MINHA CURTA AVENTURA NO SECOND LIFE

A Primeira, última e única vez que entrei no SECOND LIFE...


Escrevi isto a quem me tinha enviado o "link" e que se inscreveu na mesma altura que eu... como a "Gastrite", a "Lola" também não voltou "lá"...

"Querido Diário,

Nasci ontem dia 22/11/2006… Numa ilha estranha no meio de um oceano esquisito.

Estive uma hora a fazer-me e ainda não aprendi a falar... só aprendi a andar, mas já caí e já fui atropelada por uns 4 ou 5 habitantes daquela ilha esquisita onde nasci…

Nasci no cimo de um monte e enquanto estava a fazer-me havia pessoal que ía lá ter comigo e ficava a olhar pasmado houve um que ficou a olhar para a minha pessoa mais de 5 minutos, chamava-se “Sammer Butuzova” e era um homem (até pensei que era da família da Lolita, mas como estava a vestir-me e a maquilhar – e não sei falar) ele depois foi-se embora a correr.

Assim que a minha pessoa apareceu naquela ilha estranha (ainda toda por defeito) e enquanto observava os comandos, começaram a descer gajos do céu (It’s raining Men, aleluia!!! - acho que choveram algumas mulheres também) e foi já nascida que tive oportunidade de editar a minha mulher…

Quando comecei a descer o monte (ainda não desci tudo até cá baixo) tropecei na escada e parada no meio do monte aproximou-se o “Homem de Negro”, ruivo de óculos e cumprimentou-se “Hi Gorgeous!” e eu fiquei naquela pose de “edição” pasmada, e ele: “Do you Speak English?” e eu naquela mesma posição a olhar para ele; e ele “não sei quê em belga, holandês, ou talvez mesmo alemão”, aí foi ainda pior… resolvi saír da frente dele a correr (não sei porquê que fui a correr, não havia necessidade) e enquanto me pirava ele: “Why???”… Gostaria de lhe ter dito “I can’t speak”, mas de facto não sei mesmo como se fala…

Será que a Lolita já consegue falar? Como será que se fala?

Gastrite Gastel"

FIM...

sábado, janeiro 26, 2008

ENCOSTA-TE A MIM, CARA DE ANJO MAU...

"Há pessoas que nos conseguem deixar a sorrir só de pensarmos nelas. Felizes e bem aventuradas sejam todas essas pessoas."
In Amor by Blog do Zé

E porque o tema do amor na minha vida nem sempre foi o "Encosta-te a Mim"...



Um dia destes lembrei-me disso e... Descobri que afinal padeço do "Síndroma do Jorge Palma"...

Cara d'Anjo Mau By Jorge Palma

"Os teus olhos são cor de pólvora e o teu cabelo é o rastilho
O teu modo de andar é uma forma eficaz de atrair sarilho
A tua silhueta é um mistério da criação
E sobretudo tens cara de anjo mau

Cara de anjo mau, tu deitas tudo a perder
Basta um olhar teu e o chão começa a ceder
Cara de anjo mau, contigo é fácil cair
Quem te ensinou a ser sempre a última a rir?

Que posso eu fazer ao ver-te acenar a ferida universal?
Que posso eu desejar ao avistar tão delicioso mal?
Que posso eu parecer quando me sinto fora de mim?
Que posso eu tentar senão ir até ao fim?

Cara de anjo mau, tu deitas tudo a perder
Basta um olhar teu e o chão começa a ceder
Cara de anjo mau, contigo é fácil cair
Quem te ensinou a ser sempre a última a rir?

Por ti mandava arranjar os dentes e comprava um colchão
Por ti mandava embora o gato por quem tenho tanta afeição
Por ti deixava de meter o dedo no meu nariz
Por ti eu abandonava o meu País

Cara de anjo mau, tu deitas tudo a perder
Basta um olhar teu e o chão começa a ceder
Cara de anjo mau, contigo é fácil cair
Quem te ensinou a ser sempre a última a rir?"

quinta-feira, janeiro 17, 2008

A ÁRVORE...

Gosto de acreditar que no universo o número de entidades vivas é restrito… ou seja: existe um determinado número de entidades: Animais, vegetais, minerais… quando morrem sob uma forma, podem nascer sob a mesma forma ou outra diferente… uma reencarnação … mas como sou agnóstica, não acho (MESMO) que os humanos sejam o mais importante da Natureza…

Quem sabe se aquela velha e maravilhosa árvore centenária que está nos jardins do Convento de Mafra (e que eu adoro abraçar) não será “alguém” mesmo poderoso?!...
Porque gosto de a abraçar???? Não sei… mas cada vez que lá vou, abraço-a… o seu tronco é tão enorme e poderoso e as sua imaculadas folhas verdes (seja qual for a estação do ano) estão sempre ali á minha espera… á espera do meu abraço… a sua retribuição não é visível… mas eu sinto-a…

Não sou muito de abraços, a minha mãe foi uma criança muito maltratada pela mãe, por isso apesar de me ter proporcionado uma excelente infância, juventude nunca foi muito carinhosa… e eu não sei ser abraçada por pessoas que não seja o meu marido ou crianças… fico sem jeito e não sei retribuir…

Mas aquela árvore, convida-me a abraçá-la… pode ser ridículo… mas logo que a vejo, lá vou eu…
A primeira vez que a abracei andava no liceu e foi numa visita de estudo que a conheci… vi os meus colegas a fazê-lo, fiz como eles e gostei. A segunda vez fui com os meus pais e abracei-a com o meu pai… para ver se juntos conseguíamos que os nossos braços a contornassem… a partir daqui tornou-se “hábito”, já ensinei o meu marido a abraçá-la… Não sei se ele sente o poder dela como eu…

Não a visito desde o Verão... mas lembro-me muitas vezes dela... cada vez que penso no conceito "Árvore" é dela que me lembro, porque esta árvore para mim é a sabedoria, o poder, o tempo, a vida, a persistência… não sei explicar porque gosto tanto da abraçar… talvez ela seja a embaixadora da natureza, Gaia personificada… está ali nos jardins do Convento, tem a mesma idade do edifício (talvez mais) já passou por gerações e gerações de gente, já assistiu a muitos desenvolvimentos, já viu modas, acontecimentos, felicidade, tristeza, já viu o ambiente á sua volta mudar, já passou por tempestades, lindos dia de sol, já assistiu a isto tudo ali, observadora e poderosa…

Até está ali a assistir impávida, serena e linda ao envelhecimento de uma doida que a visita de vez em quando para se abraçar a ela…

Aquela Árvore é Imortal...

sábado, janeiro 12, 2008

DEFINIFÇÃO DE "AVÓ"

Não resisto em partilhar este texto que me enviaram e que está delicioso:

(Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo.)

"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros.

As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali.

Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas.

Nunca dizem "Despacha-te!". Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos.

Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.

As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes.

Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes.

As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo.

Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.

Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão".

Uma homenagem carinhosa a todos os idosos
Mia Olivença

quarta-feira, janeiro 09, 2008

A LITERATURA...

Hoje ouvi de manhã na rádio que mais um ilustre não sei quem, escreveu um livro… escreveu um livro sobre a sua experiência relacionada não sei com quê, nem com quem… bem também não tive qualquer tipo de interesse em continuar a ouvir esta fantástica notícia, até porque comecei logo a divagar (sou um bocado perita nisto de divagar), mas a questão que me assolou de imediato foi: Então, mas se ainda agora na altura do Natal ouvi dizer numa reportagem (ou notícia, não me lembro) que os portugueses são os cidadãos da Europa que menos lêem, como diacho é que todos escrevem livros?! … Bem, escrevem livros e PIOR, há quem os edite…

Pois é… Isto é um contra-senso!!! As minhas perguntas seguintes são: será que estes livros são vendidos? É que á partida, quando alguém compra um livro presume-se que seja para ler… e neste caso como é que podem afirmar que os cidadãos da república portuguesa não lêem? …

Bem… também pode ocorrer a situação de os portugueses comparem livros para enfeitarem as estantes dos móveis. É que não sei se sabem, mas é muito chique ter livros nos móveis (mesmo que os livros sejam a fingir) … e depois a quantidade de programas sobre decoração que existe na televisão. O livro tornou-se praticamente um objecto de decoração imprescindível.

Mas a seguir fui fazer uma pesquisa e de facto o mercado literário está em crise… Porque será?

Como leitora gosto de enredos complicados, cheios de pormenores, detalhes, gosto de ler aquele tipo de literatura que a maioria chama de “CHATO”… Para mim a leitura tem que me fazer entrar na trama, visualizar as personagens, imaginar, viver o livro, TEM QUE ENSINAR…

Que tanto terá um jogador de futebol para transmitir em palavras escritas num “livro” a um leitor?! …(logo esta classe profissional que nem falar sabe quanto mais escrever…). Ora se é para sabermos o que fazem no campo ou seja lá onde for, basta ler um jornal ou revista… é mais barato e fala sobre muita outra gente.

E claro que nós já não falamos a língua de Camões… quando lemos o que ele escreveu temos que ter alguém que nos ensine o que ele estava a pensar, a sentir, o que queria dizer… Ou seja temos que ter um tradutor… E obrigam-nos a isto, e isto faz com que pessoas desinteressantíssimas, que escrevem, “chouriço” com um “X” e que contam as parvoíces que fazem na intimidade (igual ás de toda a gente, incluindo nós) tenham “best sellers”…

E aqui chego a esta conclusão de que na “blogosfera” existem pessoas que escrevem de forma brilhante, mesmo quando são apenas os seus pensamentos, as suas vivências diárias e as suas emoçõeS, a sua autenticidade... e como o fazem por prazer (e de forma gratuita) tornam-se muito mais interessantes…
O nosso Camões era um visionário: “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”…

terça-feira, janeiro 01, 2008

PARA COMEÇAR 2008 DE FORMA MUITO POSITIVA

Vou escrever algo positivo para começar o ano…

Que o ano 2008 nos traga muita alegria, felicidade… que concretize todos os nossos desejos…

Deixo aqui o meu MUITO OBRIGADA ás MULHERES que fizeram do meu ano 2007, um ano muito bom:


Mãe (A MAIOR DAS MINHAS AMIGAS!!!)
Sandocha da Silva (A minha eterna amiga na alma)
Sushi Neves (as energias positivas trouxeram-na na em 2007, vou ficar com ela)
Kelly da SILVA (Cortou as amarras e deu o grito do Ipiranga!!!)
Lú (quando crescer quero ser assim)
Carla Simões (também veio do nada… chegou, viu, venceu e casou-se! FELICIDADES!!!)
Patrícia Simões (Vi-a pela primeira vez no século passado, conheci-a em 2007... toda a gente devia ser assim: sensível, determinada e forte...)

Ruru Selenis (uma grande aquisição para o serviço nacional de saúde, além de profissional é humana.)

Magui (A força da natureza - animal)
Lena (Que me deu um sobrinho)
Ró (Que me deu outro sobrinho)
Sara (O maior coração da Costa)
Carina (Nada a pára)
Aninhas (Caiu algures do céu… e eu apanhei-a)