sábado, janeiro 12, 2008

DEFINIFÇÃO DE "AVÓ"

Não resisto em partilhar este texto que me enviaram e que está delicioso:

(Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo.)

"Uma Avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros.

As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali.

Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam as flores bonitas nem as lagartas.

Nunca dizem "Despacha-te!". Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos.

Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior.

As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes.

Quando nos contam historias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a mesma história várias vezes.

As Avós são as únicas pessoas grandes que têm sempre tempo.

Não são tão fracas como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.

Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver Televisão".

Uma homenagem carinhosa a todos os idosos
Mia Olivença

quarta-feira, janeiro 09, 2008

A LITERATURA...

Hoje ouvi de manhã na rádio que mais um ilustre não sei quem, escreveu um livro… escreveu um livro sobre a sua experiência relacionada não sei com quê, nem com quem… bem também não tive qualquer tipo de interesse em continuar a ouvir esta fantástica notícia, até porque comecei logo a divagar (sou um bocado perita nisto de divagar), mas a questão que me assolou de imediato foi: Então, mas se ainda agora na altura do Natal ouvi dizer numa reportagem (ou notícia, não me lembro) que os portugueses são os cidadãos da Europa que menos lêem, como diacho é que todos escrevem livros?! … Bem, escrevem livros e PIOR, há quem os edite…

Pois é… Isto é um contra-senso!!! As minhas perguntas seguintes são: será que estes livros são vendidos? É que á partida, quando alguém compra um livro presume-se que seja para ler… e neste caso como é que podem afirmar que os cidadãos da república portuguesa não lêem? …

Bem… também pode ocorrer a situação de os portugueses comparem livros para enfeitarem as estantes dos móveis. É que não sei se sabem, mas é muito chique ter livros nos móveis (mesmo que os livros sejam a fingir) … e depois a quantidade de programas sobre decoração que existe na televisão. O livro tornou-se praticamente um objecto de decoração imprescindível.

Mas a seguir fui fazer uma pesquisa e de facto o mercado literário está em crise… Porque será?

Como leitora gosto de enredos complicados, cheios de pormenores, detalhes, gosto de ler aquele tipo de literatura que a maioria chama de “CHATO”… Para mim a leitura tem que me fazer entrar na trama, visualizar as personagens, imaginar, viver o livro, TEM QUE ENSINAR…

Que tanto terá um jogador de futebol para transmitir em palavras escritas num “livro” a um leitor?! …(logo esta classe profissional que nem falar sabe quanto mais escrever…). Ora se é para sabermos o que fazem no campo ou seja lá onde for, basta ler um jornal ou revista… é mais barato e fala sobre muita outra gente.

E claro que nós já não falamos a língua de Camões… quando lemos o que ele escreveu temos que ter alguém que nos ensine o que ele estava a pensar, a sentir, o que queria dizer… Ou seja temos que ter um tradutor… E obrigam-nos a isto, e isto faz com que pessoas desinteressantíssimas, que escrevem, “chouriço” com um “X” e que contam as parvoíces que fazem na intimidade (igual ás de toda a gente, incluindo nós) tenham “best sellers”…

E aqui chego a esta conclusão de que na “blogosfera” existem pessoas que escrevem de forma brilhante, mesmo quando são apenas os seus pensamentos, as suas vivências diárias e as suas emoçõeS, a sua autenticidade... e como o fazem por prazer (e de forma gratuita) tornam-se muito mais interessantes…
O nosso Camões era um visionário: “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”…