DIA MUNDIAL DA CRIANÇA
A todas as crianças do mundo desejo boa sorte para quando forem adultos...
A minha infânacia foi a que é descrita neste texto:
Pelos parâmetros dos “reguladores” e burocratas dos nossos dias, não há explicação para o facto de todos os que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80, termos sobrevivido á nossa infânica porque, reparem:
As nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas e garridas com tintas à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e imaginem, podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Viajávamos em carros sem cintos e airbags… viajar no banco do pendura ao lado do pai ou mãe era normal.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga, bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora com os nossos amigos de carne osso - se os quiséssemos encontrar íamos à rua – lá estavam eles sempre para nós.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca apanhámos nenhuma doença
Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado, aprendíamos.
Íamos a pé para casa dos amigos. Íamos a pé para a escola, não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis pois não haviam telemóveis e ninguém se importava com isso, pois toda a gente sabia onde estávamos e o que estávamos a fazer.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia-nos tão bem depois das corridas e de rebolar no meio da relva dos jardins públicos enrolados nos cães das nossas vidas (depois das suas necessidades).
Caíamos das árvores e cortávamo-nos, partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Haviam lutas com punhos mas sem sermos processados.
Tocávamos e batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
Criávamos jogos com paus e bolas.
Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com tudo.
Tivemos a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas "para nosso bem".
ACRESCENTO eu que faziamos parte da natureza, andávmaos ao sol na praia, brincávamos á vontade na água, com areia, terra, lama, pedras...
Faziamos amizade com desconhecidos que não eram perigosos.
Os nossos pais batiam-nos quando nos portávamos mal e não fazíamos birras ridiculas por medo do escandalo...
Sobrevivemos... o nosso mundo era a natureza... nasciamos selvagens...
Hoje:
1 comentário:
Fantástico post. É verdade, sobrevivemos... e foi mesmo muito bom viver tudo isso.
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